Morte de militar na Amazônia é inaceitável e gera insegurança, diz ministra

Folha de S. Paulo - http://www1.folha.uol.com.br/ - 14/11/2013
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, classificou como "lamentável" e "inaceitável" a morte de um militar da Força Nacional de Segurança em conflito com invasores da Floresta Nacional de Bom Sucesso, em Rondônia.

O soldado Pedro Luiz Souza Gomes, da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, foi atingido por disparo de arma de fogo nesta quinta-feira (14) durante uma operação de desocupação da reserva ambiental. Ele foi socorrido, mas morreu a caminho do hospital.

"É uma tristeza, eu acho lamentável. Nós estamos todos muito abalados no ministério", disse a ministra em entrevista por telefone à Folha. "Estou muito abalada por causa dessa família, por causa desse profissional, por causa da Força de Segurança Nacional, que é uma turma de primeira linha no combate ao desmatamento na Amazônia."

Ela também afirmou que a morte do militar "gera, em todas as pessoas que trabalham nas unidades de conservação, uma situação de incerteza e de insegurança", mas evitou falar sobre falhas de planejamento na operação.

"Eu quero entender em que circunstância aconteceu essa morte. [...] Estou aguardando as pessoas me darem detalhes", afirmou.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 146 agentes participavam da operação de reconhecimento da área, etapa de preparação para a desocupação da floresta, que é uma unidade de conservação da União. A estimativa da pasta é que cerca de 200 pessoas ocupem ilegalmente a área.

"O governador me assegurou que cumpriu a parte dele com a população. É inaceitável, o Brasil não precisa ver isso", disse Izabella Teixeira.

"Fiquei muito impressionada, primeiro quando vi a expressão de preocupação do governador [de Rondônia, Confúcio Moura]. Ele estava muito preocupado. Segundo, a [quando vi] cara do presidente do ICMBio [Roberto Vizentin], ele estava muito abatido."

A ministra afirmou que, quando soube do conflito, determinou a retirada das equipes que estavam atuando no local. Entre os agentes, havia representantes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

Ela assegurou, porém, que a operação de desocupação não será interrompida e que a Polícia Federal está analisando qual será a melhor estratégia para atuar a partir de agora. "Estou esperando que se possa resolver isso agora pacificamente."



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