Torre de observação na floresta

O Globo, Rio, p. 25 - 28/04/2006
Torre de observação na floresta
Construção de 30 metros será usada para prevenção de incêndios

Uma arma contra os incêndios na terra do mico-leão-dourado. A Reserva Biológica União, que se estende por mata nativa nos municípios de Rio das Ostras, Casimiro de Abreu e Macaé, põe em funcionamento neste fim de semana a sua primeira torre de observação de incêndios. 0 equipamento é resultado de uma compensação ambiental, pela qual a Ampla liberou os recursos para a compra da torre.
Com 30 metros de altura, o equivalente a um prédio de dez andares, a torre é composta por uma estrutura metálica galvanizada, equipada com pára-raios e elevador interno (tipo contrapeso). No topo, uma cabine com laterais em vidro permite uma visão ampla em todas as direções.
Um observador ficará a postos na cabine, munido de binóculos e radiotransmissor, com a missão de repassar todo e qualquer sinal de fogo que surgir no interior e nas imediações da reserva, que é cortada pela BR-101 Norte.
O local de instalação da torre, dentro da reserva, obedeceu a critérios técnicos estabelecidos pelos analistas ambientais da reserva. Para operar a torre, o Ibama, através do seu Centro Nacional para a Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), vem treinando, formando e contratando anualmente brigadas de incêndios florestais, compostas de 14 pessoas. Os integrantes da brigada são preferencialmente pessoas das comunidades próximas às áreas de conservação.
Durante o período crítico de ocorrência de incêndios na região - de junho a dezembro - a reserva vai reforçar a sua brigada de incêndio. A maioria dos incêndios é causada por pessoas que jogam cigarros acesos ao passar pela rodovia.
A Reserva Biológica União é uma das áreas protegidas no Brasil que mais sofrem com as ações dos incêndios florestais. As queimadas para as atividades agropecuárias realizadas pelas propriedades rurais vizinhas também contribuem para o aumento das ocorrências.
- Os incêndios são um dos maiores responsáveis pela destruição de habitais naturais em todo o mundo e, em conseqüência, uma das maiores causas da extinção de espécies - explicou o chefe da reserva, o analista ambiental Whitson José da Costa Junior.
A reserva foi criada há oito anos para ampliar o espaço destinado ao mico-leão-dourado, espécie de primata endêmico (só ocorre aqui) no Estado do Rio e ameaçado de extinção. 0 mico-leão é considerado símbolo da conservação da natureza no Brasil.

O Globo, 28/04/2006, Rio, p. 25
UC:Reserva Biológica

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