WWF doa R$34 milhões para preservar floresta

O Globo - 25/04/2003
O governo recebeu ontem da ONG ambientalista WWF-Brasil a doação de US$ 11,5 milhões (R$ 34,5 milhões) para financiar parte do projeto Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), destinado a triplicar a área de floresta sob proteção. A ONG assinou ainda contrato com o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), que vai gerir a verba. O Banco Mundial (Bird), por meio do Global Environment Facility (GEF), também participa da parceria.

O Bird já anunciou a oferta de US$ 30 milhões, aprovados pelo GEF e acertados também ontem, entre o governo e o diretor do banco no Brasil, Vinod Thomas. Caberá ao governo federal oferecer contrapartida de US$ 18,1 milhões para a manutenção das áreas de proteção e a folha de pagamento dos novos funcionários, a primeira fase do Arpa.

- Estamos animados para implantar o projeto, que está sendo negociado há cinco anos. Quando vimos o presidente Lula nomear Marina Silva ministra do Meio Ambiente, tivemos certeza de que daria certo. Essa é uma parceria bem-sucedida entre governo e sociedade civil - disse Rose Lemos de Sá, superintendente de conservação da WWF.

Ao todo, o Arpa vai proteger 500 mil quilômetros quadrados, que incluirão locais representativos das 23 ecorregiões da Amazônia. A duração prevista para o programa é de dez anos, com o Bird, o GEF e o WWF doando US$ 400 milhões. Além dos recursos doados, o WWF tem o compromisso de captar outros US$ 70 milhões para o Arpa.

Primeiras unidades atendidas são em Rondônia
As primeiras unidades de conservação a se beneficiar com os recursos doados são o Parque Nacional Serra da Cutia e as Reservas Extrativistas Rio Cautário e Barreiro das Antas, em Rondônia. O próximo a ser implementado será o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, no Amapá. Mais de 20 unidades de conservação deverão ser criadas até 2006.

Na primeira fase do Arpa, prevista para os próximos quatro anos, serão identificadas novas áreas de floresta a serem postas sob proteção federal na condição de "unidades de conservação". Num total de 90 mil quilômetros quadrados, as unidades serão divididas em parques nacionais, reservas biológicas e estações ecológicas. As áreas de uso sustentável, como reservas extrativistas e reservas de desenvolvimento sustentável, também somarão 90 mil quilômetros quadrados.
(Carolina Brígido-O Globo-Rio de Janeiro-RJ-25/04/03)
UC:Geral

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