Rio PR no mapa do corredor de biodiversidade

Umuarama Ilustrado - http://www.ilustrado.com.br - 19/07/2011
ONGs, organizações governamentais, institutos e universidades, reunidos, no começo de julho, na Estação Ecológica Caiuá, em Diamante do Norte, no Paraná, aprovaram o mapa que define os limites e as áreas prioritárias para conservação do Corredor de Biodiversidade do rio Paraná. A elaboração do mapa é uma das metas do projeto 'Governança Participativa no Corredor de Biodiversidade do rio Paraná - Bioma Mata Atlântica', desenvolvido por consórcio de instituições e rede gestora, com o apoio do Programa Demonstrativo da Mata Atlântica - PDA, do Ministério do Meio Ambiente - MMA.

De acordo com o técnico agrícola, Jair Pelegrin, da instituição proponente do projeto, o Instituto Maytenus, o corredor é um dos principais projetos ambientais em andamento no País "porque propõe planejar a paisagem que interliga a bacia do rio Paraná às florestas de araucária, a leste, e ao Pantanal, a oeste."

O CORIPA e Corredor de Biodiversidade
Todos os municípios do CORIPA foram incluídos dentro dos limites do corredor. Segundo o Secretário Executivo do consórcio e biólogo Erick Caldas Xavier, as áreas que estiverem inseridas dentro do Corredor de Biodiversidade do Rio Paraná, como é o caso dos municípios do CORIPA, poderão ser beneficiadas por projetos que incentivam a agricultura famíliar e a conservação da biodiversidade.

Já neste ano, pequenos agricultores serão contemplados com cultivo de café sombreado. O projeto irá arcar com o preparo do solo, com mudas de café e mudas de espécies arbóreas nativas, exóticas e frutíferas, as quais poderão ser utilizadas posteriormente com fins madeireiros. Viveiros da região serão revitalizados de forma quer possam oferecer mudas de qualidade para estes sistemas agroflorestais.

Entre o fim de agosto e o começo de setembro será ofertado um curso em São Jorge do Patrocínio voltado para produtores rurais, estudantes, lideranças locais e extensionistas.

Para traçar os limites do corredor, os técnicos do projeto trabalharam com vários mapas, entre os quais, o uso do solo, socioeconomia, remanescentes florestais, unidades de conservação e áreas indígenas. "Utilizamos ainda o 'mapa das onças' que são supostamente os locais que os felinos preferem quando se deslocam de um ponto a outro na paisagem", explica Pelegrin. Segundo ele, a utilização da onça-pintada (Panthera onca) como detetive ecológico, espécie criticamente ameaçada de extinção no país, "é o grande diferencial do projeto que fez a proposta ser bem-avaliada no MMA."

Entre as áreas prioritárias para a formação de corredores ecológicos ficaram definidos a conexão entre o Parque Nacional de Ilha Grande, passando pelo Parque Estadual do Ivinhema e a Estação Ecológica Caiuá, entre os estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul e a ligação entre o Parque Estadual do rio do Peixe e a Reserva Florestal da Lagoa São Paulo, em São Paulo. Entre as áreas em teste, para futura análise de prioridade, os participantes da oficina elegeram o trecho entre o eixo da barragem de Porto Primavera e o Parque Estadual do Ivinhema, que compreende os varjões da APA das Ilhas e Várzeas do rio Paraná, na região da tríplice fronteira entre São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, entre outras áreas testes.




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Mata Atlântica:Biodiversidade

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