O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) acaba de criar um canal de comunicação interno, via on line, para agilizar a implementação do programa Bolsa Verde no âmbito das unidades de conservação (UCs) federais.
Através de um e-mail específico, gestores das UCs beneficiadas ou que prentendem ingressar no programa podem entrar em contato com seus colegas na sede do ICMBio em Brasília, e vice-versa, para apresentar demandas, apressar procedimentos, esclarecer dúvidas e fazer sugestões.
A iniciativa é da Diretoria de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em Unidades de Conservação (Disat). Com a criação desse canal, a diretoria espera ampliar o número de famílias atendidas pelo Bolsa Verde nas UCs de uso sustentável geridas pelo Instituto.
Mais de 10 mil famílias cadastadas
Até setembro, segundo dados da Disat, 10.801 famílias moradoras de 45 unidades de conservação federais haviam sido cadastradas no programa. As UCs com maior número de pessoas atendidas são as resex Caeté-Taperaçu, Tapajós-Arapiuns e Gurupi Piriá, todas no Pará e cada uma com mais de mil famílias beneficiadas.
Lançado em setembro de 2011, o Bolsa Verde é destinado a famílias que, além de desenvolver ações de conservação em áreas de rica biodiversidade, como as UCs, tenham renda per capita de até R$ 70, sejam beneficiadas pelo Bolsa Família e estejam inscritas no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal.
De acordo com Erismar Novaes, do ICMBio, essas famílias podem fazer parte de comunidades das reservas extrativistas, florestas nacionais e reservas de desenvolvimento sustentável. Ao serem incluídas no programa, passam a receber um auxílio de R$ 300 a cada trimestre (R$ 100, por mês). Em contrapartida, devem evitar o desmatamento.
Preservação e cidadania
Criado pela presidente Dilma Rousseff, o Bolsa Verde, cujo nome oficial é Programa de Apoio à Conservação Ambiental, visa a incentivar a preservação do meio ambiente associada à promoção da cidadania, por meio da ampliação da renda das populações que vivem em condições de pobreza extrema.
A primeira etapa do programa foi realizada em 2011, com a identificação de cerca de 18 mil famílias em 33 unidades de conservação e 140 assentamentos ambientalmente diferenciados da reforma agrária, geridos pelo Incra e localizados na Amazônia Legal. Dessas, 16.634 famílias foram inseridas no Bolsa Verde.
Agora, o programa, que começou pela Amazônia, vem sendo ampliado para todo o Brasil. Além das UCs e assentamentos da reforma agrária, vai absorver também áreas de ribeirinhos agroextrativistas cadastradas pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU). A meta é atingir 70 mil famílias até 2014.
http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/4-geral/3452-canal-direto-com-o-bolsa-verde.html
UC:Geral
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