Inserido no sudeste do Estado, o Mosaico tem cerca de 2,5 milhões de hectares, e conjuntamente com os recém criados Parques Nacionais do Juruena e dos Campos Amazônicos, constitui um bloco contíguo 9 milhões de hectares de áreas protegidas. Este conjunto é conhecido como o Corredor Meridional de Conservação da Amazônia e abrange áreas do sul do Amazonas, norte do Mato grosso e do sudoeste do Pará, regiões sobre forte pressão de desmatamento pela expansão agrícola sobre a Amazônia brasileira.
Atributos naturais: A variedade de habitats do mosaico, com florestas de terra firme, florestas alagadas, campos rupestres, campinas e campinaranas, e a enorme beleza cênica proporcionados pelos saltos e corredeiras que ocorrem ao longo dos rios que cruza as unidades, compõem um cenário espetacular, com uma grande diversidade de espécies e paisagens. As corredeiras de Monte Cristo e os saltos do rio Sucundurí, estão entre as paisagens mais conhecidas pelo encanto atrativo. Na porção oeste do mosaico há a formação geológica do Domo do Sucundurí, um aglomerado de pequenas serras em disposição concêntrica, um afloramento rochoso muito antigo (Paleozóico) numa região submetida a um curioso clima de Monções. A região do Mosaico do Apuí também abriga as nascentes dos rios Acará e Sucundurí.
Biodiversidade: Com uma das maiores biodiversidades da Amazônia, a região do Mosaico do Apuí ficou famosa pela alta diversidade de primatas na região da bacia do rio Aripuanã, atualmente são conhecidas mais de 13 espécies de primatas endêmicas na região. Outra particularidade da biodiversidade da região é a presença de espécies de cerrado que ocorrem associadas às grandes manchas de campos e campinas, como as populações de cervo encontradas nos campos do PAREST do Guariba. Inventários na porção oeste do mosaico revelaram a ocorrência de cerca de 850 espécies de árvores, 46 mamíferos, mais de 300 aves, 27 répteis, 30 anfíbios e aproximadamente 100 espécies de peixes.
Infra-estrutura: O acesso à área pode ser feito por via aérea com vôos que partem de Manaus até Apuí no Amazonas. Também, por via terrestre pela Transamazônica (BR - 230) que leva de Humaitá/AM à Apuí ou através de barco, pelo rio Madeira até o município de Novo Aripuanã e depois o acesso às reservas pelo rio Aripuanã.
Sócio-economia: o Mosaico é composto por áreas de proteção integral e por áreas de uso sustentável, que viabilizam tanto a conservação quanto o desenvolvimento sócio-econômico da região. A região é rica em madeira principalmente mogno e cedro, havendo também ampla ocorrência de copaíba, andiroba, castanha, pau-rosa e outras espécies de interesse econômico. Atualmente, é crescente a utilização da Transamazônica (BR-230) , que é uma das vias de acesso ao mosaico, para a prática de enduros e ralis. O turismo de aventura na natureza pode se concretizar como um dos grandes atrativos da região que é famosa por suas corredeiras, saltos e estradas sem asfalto.
(Fonte: Unidades de Conservação do Estado do Amazonas. Manaus:SDS/SEAPE, 2007).

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